quinta-feira, 22 de março de 2012

O Menino do Lapedo

A criança do Lapedo é o primeiro fóssil que permite documentar um tipo de mosaico resultante de uma miscigenação entre o homem anatomicamente moderno e o nosso último antepassado europeu, o homem de neandertal. A combinação única de características anatómicas, umas modernas e outras neandertalenses só pode ser explicada em termos filogenéticos. Esta indica que os Neandertais que subsistiam na Península Ibérica, quando os primeiros grupos de homens modernos nela começaram a penetrar, contribuíram para o património genético das populações da época em que viveu e morreu a criança do Lapedo, 3 a 5 mil anos mais tarde. Para que, tanto tempo passado, os sinais do processo ainda pudessem ser visíveis na morfologia do esqueleto dessas populações, a miscigenação entre os dois tipos humanos deveria ter sido extensa e frequente, não limitada ou episódica.

O Menino do Lapedo é uma das raras sepulturas infantis desta época já descobertas, e o mais completo e bem documentado, pelo que permite observar os critérios de diferenciação social perante a morte. O menino terá sido envolvido numa mortalha de pele animal impregnada de ocre, e sepultado com oferendas funerárias (peças de carne, dentes de veados, ossadas de coelho e conchas perfuradas).


Na nossa opinião esta descoberta foi muito importante para a história da humanidade pois demonstra que os Neandartalenses não desapareceram antes do homo Sapiens ocupar a península, e mostra-nos que eles se podem ter cruzado.

Fonte:http://mesozoico.wordpress.com/2010/05/13/o-menino-do-lapedo-um-caso-de-miscigenacao-no-vale-do-abrigo-do-lagar-velho/

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