sábado, 28 de abril de 2012
Um gás raro em águas antigas
Witwatersrand é uma extensão de uma cadeia de montanhas que se elevam a uma altura de entre 1700 a 1800 metros acima do nível do mar, que corre de leste a oeste o território sul-africano, e que segundo novas provas, poderá encerrar as águas mais antigas do mundo, isoladas há milhões de anos.
Ficam situadas na região histórica do Transvaal e uma das redes de fracturas contem os ecossistemas de micróbios mais profundos conhecidos sobre a Terra. Estes organismos podem sobreviver sem a luz do sol graças à energia química libertada pelas rochas.
Um estudo publicado na «Chemical Geology», pela Universidade de Toronto, refere a descoberta de um gás raro – o néon – dissolvido na água, que se distingue pela sua assinatura isotópica específica do néon.
Barbara Sherwood Lollar , líder do estudo, explica que a assinatura química não corresponde à das águas oceânicas nem à das águas mais profundas da bacia de Witwatersrand. Em várias regiões, já se constatou que as águas subterrâneas foram misturadas com outras da superfície, acabando por serem invadidas por microorganismos.
As águas mais profundas do isolamento e numerosas interacções químicas se foram produzindo entre a água e a rocha, em períodos geológicas muito prolongados. O estudo mostra que uma parte do néon se libertou através de minerais rochosos, que se dissolveram gradualmente no líquido das fendas e que se foi acumulando.
Este fenómeno apenas ocorre quando as águas não têm qualquer contacto com a superfície, durante grandes períodos de tempo. A descoberta acrescenta outra dimensão a este tema.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário